Segundo os pesquisadores, apesar de andarem menos tempo sobre duas rodas, quem utiliza a moto apenas para se deslocar do trabalho para a casa ou sair esporadicamente acaba sendo mais vulnerável por ser menos experiente. Conforme a pesquisa, os índices aumentam aos finais de semana, à noite, de madrugada e em horários de pico durante a semana.

Em reportagem sobre o tema, veiculada no último dia 18 no programa Domingo Espetacular, da TV Record, o presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego, João Octaviano Neto, afirma que os perfis entre os motociclistas e motofretistas são “muito bem definidos”. Segundo ele, o motoboy está habituado com todas as nuances do trânsito. “Talvez aquele que usa (a moto) só para o transporte é uma presa mais fácil em termos de análise de risco. A circunstância da dinâmica de um acidente é diferente, o motociclista às vezes cai numa bobagem”, diz.

Recentemente, esse mesmo tema foi discutido em entrevista concedida pelo presidente do SEDERSP, Fernando Souza, à Rádio CBN SP. Na ocasião, Fernando destacou a necessidade de cursos específicos direcionados aos motociclistas, similares aos já praticados com os motofretistas.

“O que falta é uma preparação a mais para esse motociclista que vai ingressar no trânsito. Hoje é muito precária a forma de habilitação para esse tipo de carteira no País. Em dias chuvosos, por exemplo, não se tem aula em algumas autoescolas. Esse piloto deveria passar por várias adversidades, pilotagem a noite, em pista molhada e isso não é abordado atualmente. Já no nosso setor, para ingressar na profissão, o motofretista precisa antes passar obrigatoriamente por um curso de 20 horas preparatório para ter autorização de exercer a profissão”, esclarece o presidente.

Fonte: SEDERSP